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.63.

Entrevistas

Jornal ACCOERJ em ação:

O que

é Acreditação Hospitalar?

Centro Ortopédico Grajau:

A

Acreditação é realmente uma certifi-

cação de qualidade, similar a ISO nos

diversos setores, porém ela é exclusiva

para instituições de Saúde (Clínicas,

Hospitais, Laboratórios entre outros).

É voluntária ou feita por alguma

Organização?

A Organização Nacional de

Acreditação (ONA)

que certifica

a qualidade dos serviços de saúde no

Brasil, com foco na segurança do paciente. A voluntariedade é

o um dos fundamentos desse processo.

Quem faz a avaliação de instituição hospitalar?

Apenas Instituições Acreditadoras Credenciadas (IACs) podem rea-

lizar avaliações pela metodologia do Sistema Brasileiro de Acredi-

tação - ONA. Como é o caso do Instituto Brasileiro para Excelência

em Saúde – IBES, instituição escolhida pelo C

entro Ortopédico Grajaú

.

Como fizeram para iniciar esse processo no COG?

Solicitamos ao IBES uma visita de Diagnóstico Organizacional, que compre-

ende uma avaliação da organização sem fins de certificação, por meio da

aplicação da metodologia da ONA. Esse processo é conduzido por avaliado-

res habilitados e qualificados que compõem a equipe da Instituição Acre-

ditadora Credenciada. Ao final, recebemos uma Declaração de Diagnóstico

Organizacional, emitida pela ONA, e o relatório completo bem detalhado, no

qual trabalhamos focados, até a visita de Certificação oficial.

Quais os pré-requisitos para seguir as etapas de Certificação?

É imprescindível estar legalmente constituído há pelo menos um ano, possuir

CNPJ, alvará de funcionamento, registro de responsabilidade técnica para

Serviço de Saúde e fundamentalmente a “licença sanitária” com as demais

licenças pertinentes a natureza da atividade.

Existem classificações neste processo de Certificação?

Existem três níveis de

Acreditação:

O Nível 1 significa que aquela instituição

atende aos princípios de “Segurança do Paciente”. O Nível 2 (Pleno) significa

que além de cumprir o Nível 1, tem Gestão Integrada, envolvendo o acom-

panhamento das barreiras de segurança definidas, dos principais processos

desenhados e dos protocolos implantados. E por último, o Nível 3 a instituição

atinge a “Excelência em Gestão”, já que atende os requisitos dos outros 2

níveis. A Excelência é dinâmica, é um acompanhamento e busca constante.

É periódica ou tem prazo de validação? Como é controlado?

Certificação é válida por dois anos, podendo ser renovada. Para monitora-

mento, a

ONA

e as

IACs

utilizam três mecanismos: as visitas ordinárias,

periódicas e obrigatórias da equipe de avaliadores à instituição certificada;

as visitas de manutenção extraordinárias em casos específicos, entre eles

O que é Acreditação Hospitalar?

quando houver notificação de eventos

graves ou denúncias; e gerenciamento

de eventos sentinela.

Quais as vantagens?

Uma instituição com selo de

Acredi-

tação

significa um serviço diferencia-

do, com maior qualidade e segurança

para seus usuários, e a redução de

despesas decorrentes de práticas erra-

das. Isso é percebido pelo paciente!

É uma forma de fiscalização ou um

programa de educação continuada?

Não deixa de ser fiscalizada, pois as Instituições de Saúde acre-

ditadas por seguirem padrões e rotinas estabelecidos internacio-

nalmente, garantem a segurança do paciente. Porém o processo

de evolução dentre os níveis de certificação tem por objetivo

uma mudança cultural baseada na educação continuada.

Quanto tempo o

COG

levou para implantar o sistema

e qual a abrangência e os personagens envolvidos no processo?

Podemos dizer que ainda estamos evoluindo no COG, a cultura não se muda

do dia para noite, temos consciência disso. Percebemos que a cada ano que

passa um novo degrau é alcançado.

Os Planos de saúde, por exemplo, já estão exigindo esta Certificação?

No início encontramos dificuldades em apresentar esse modelo de trabalho

para os Planos de Saúde no Rio de Janeiro, mas ao longo do último ano

percebemos o interesse de algumas instituições. Acreditamos que o tema

“Acreditação”

será explorado de forma mais expansiva e a atuação na

ANS

dará a real importância.

O investimento foi muito alto?

Nada absurdo, para quem tem interesse em melhorar a Qualidade e Seguran-

ça em sua instituição.

E o tempo pra perceberem o retorno?

Não pensar em retorno financeiro é o primeiro passo. O aprimoramento dos

profissionais, a melhorada percepção dos clientes, a profissionalização da

empresa, as mudanças na Gestão entre outras melhorias, fazem com que o

retorno seja percebido a cada dia.

Qual a receita do sucesso de um programa de qualidade?

Vive-lo e abraçar a ideia em sua totalidade.

E as dificuldades enfrentadas?

Cada negócio tem sua particularidade, no

COG

não é diferente. Tivemos

muitas dificuldades e ainda temos, mas percebemos que ao longo do tempo

as realizações vão deixando as dificuldades no

“retrovisor”,

ou seja, elas

ficam pelo caminho.

Nos países mais desenvolvidos tecnologicamente, diante da necessidade de melhorar a qualidade de seus produtos e ser-

viços, indústrias e comércio começaram a estabelecer normas, criando Sistemas de Gestão da Qualidade. Aqui, no Brasil,

algumas entidades médicas, entre elas o

Centro Ortopédico Grajaú

- primeira

Clínica Ortopédica no Estado do Rio

de Janeiro

- a dar o pontapé inicial e se associar a

Organização Nacional de Acreditação

que emite o

Certificado

de Acreditação Hospitalar.

Saiba mais sobre o processo inovador, com o médico ortopedista

Marcelo Costa,

repre-

sentante do

COG

entre a sua equipe de trabalho.