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Entrevistas
Jornal ACCOERJ em ação:
O que
é Acreditação Hospitalar?
Centro Ortopédico Grajau:
A
Acreditação é realmente uma certifi-
cação de qualidade, similar a ISO nos
diversos setores, porém ela é exclusiva
para instituições de Saúde (Clínicas,
Hospitais, Laboratórios entre outros).
É voluntária ou feita por alguma
Organização?
A Organização Nacional de
Acreditação (ONA)
que certifica
a qualidade dos serviços de saúde no
Brasil, com foco na segurança do paciente. A voluntariedade é
o um dos fundamentos desse processo.
Quem faz a avaliação de instituição hospitalar?
Apenas Instituições Acreditadoras Credenciadas (IACs) podem rea-
lizar avaliações pela metodologia do Sistema Brasileiro de Acredi-
tação - ONA. Como é o caso do Instituto Brasileiro para Excelência
em Saúde – IBES, instituição escolhida pelo C
entro Ortopédico Grajaú
.
Como fizeram para iniciar esse processo no COG?
Solicitamos ao IBES uma visita de Diagnóstico Organizacional, que compre-
ende uma avaliação da organização sem fins de certificação, por meio da
aplicação da metodologia da ONA. Esse processo é conduzido por avaliado-
res habilitados e qualificados que compõem a equipe da Instituição Acre-
ditadora Credenciada. Ao final, recebemos uma Declaração de Diagnóstico
Organizacional, emitida pela ONA, e o relatório completo bem detalhado, no
qual trabalhamos focados, até a visita de Certificação oficial.
Quais os pré-requisitos para seguir as etapas de Certificação?
É imprescindível estar legalmente constituído há pelo menos um ano, possuir
CNPJ, alvará de funcionamento, registro de responsabilidade técnica para
Serviço de Saúde e fundamentalmente a “licença sanitária” com as demais
licenças pertinentes a natureza da atividade.
Existem classificações neste processo de Certificação?
Existem três níveis de
Acreditação:
O Nível 1 significa que aquela instituição
atende aos princípios de “Segurança do Paciente”. O Nível 2 (Pleno) significa
que além de cumprir o Nível 1, tem Gestão Integrada, envolvendo o acom-
panhamento das barreiras de segurança definidas, dos principais processos
desenhados e dos protocolos implantados. E por último, o Nível 3 a instituição
atinge a “Excelência em Gestão”, já que atende os requisitos dos outros 2
níveis. A Excelência é dinâmica, é um acompanhamento e busca constante.
É periódica ou tem prazo de validação? Como é controlado?
Certificação é válida por dois anos, podendo ser renovada. Para monitora-
mento, a
ONA
e as
IACs
utilizam três mecanismos: as visitas ordinárias,
periódicas e obrigatórias da equipe de avaliadores à instituição certificada;
as visitas de manutenção extraordinárias em casos específicos, entre eles
O que é Acreditação Hospitalar?
quando houver notificação de eventos
graves ou denúncias; e gerenciamento
de eventos sentinela.
Quais as vantagens?
Uma instituição com selo de
Acredi-
tação
significa um serviço diferencia-
do, com maior qualidade e segurança
para seus usuários, e a redução de
despesas decorrentes de práticas erra-
das. Isso é percebido pelo paciente!
É uma forma de fiscalização ou um
programa de educação continuada?
Não deixa de ser fiscalizada, pois as Instituições de Saúde acre-
ditadas por seguirem padrões e rotinas estabelecidos internacio-
nalmente, garantem a segurança do paciente. Porém o processo
de evolução dentre os níveis de certificação tem por objetivo
uma mudança cultural baseada na educação continuada.
Quanto tempo o
COG
levou para implantar o sistema
e qual a abrangência e os personagens envolvidos no processo?
Podemos dizer que ainda estamos evoluindo no COG, a cultura não se muda
do dia para noite, temos consciência disso. Percebemos que a cada ano que
passa um novo degrau é alcançado.
Os Planos de saúde, por exemplo, já estão exigindo esta Certificação?
No início encontramos dificuldades em apresentar esse modelo de trabalho
para os Planos de Saúde no Rio de Janeiro, mas ao longo do último ano
percebemos o interesse de algumas instituições. Acreditamos que o tema
“Acreditação”
será explorado de forma mais expansiva e a atuação na
ANS
dará a real importância.
O investimento foi muito alto?
Nada absurdo, para quem tem interesse em melhorar a Qualidade e Seguran-
ça em sua instituição.
E o tempo pra perceberem o retorno?
Não pensar em retorno financeiro é o primeiro passo. O aprimoramento dos
profissionais, a melhorada percepção dos clientes, a profissionalização da
empresa, as mudanças na Gestão entre outras melhorias, fazem com que o
retorno seja percebido a cada dia.
Qual a receita do sucesso de um programa de qualidade?
Vive-lo e abraçar a ideia em sua totalidade.
E as dificuldades enfrentadas?
Cada negócio tem sua particularidade, no
COG
não é diferente. Tivemos
muitas dificuldades e ainda temos, mas percebemos que ao longo do tempo
as realizações vão deixando as dificuldades no
“retrovisor”,
ou seja, elas
ficam pelo caminho.
Nos países mais desenvolvidos tecnologicamente, diante da necessidade de melhorar a qualidade de seus produtos e ser-
viços, indústrias e comércio começaram a estabelecer normas, criando Sistemas de Gestão da Qualidade. Aqui, no Brasil,
algumas entidades médicas, entre elas o
Centro Ortopédico Grajaú
- primeira
Clínica Ortopédica no Estado do Rio
de Janeiro
- a dar o pontapé inicial e se associar a
Organização Nacional de Acreditação
que emite o
Certificado
de Acreditação Hospitalar.
Saiba mais sobre o processo inovador, com o médico ortopedista
Marcelo Costa,
repre-
sentante do
COG
entre a sua equipe de trabalho.