Planos de saúde perdem usuários e reveem reajustes

Entre março e maio deste ano, os primeiros meses da pandemia no país, 283,6 mil pessoas perderam o Plano de saúde e 518,7 mil deixaram de ter convênio odontológico.

A maior parte dessa perda refere-se a funcionários que foram demitidos por causa da crise e perderam, assim, o benefício. A expectativa é que esse movimento de cancelamento de Planos continue pelo menos até final de agosto.

Trata-se de uma queda histórica considerando um período tão curto

A crise anterior do setor, reflexo da mais grave recessão enfrentada pelo país, começou em 2015 e se estendeu até 2017 – nesse período 3 milhões de pessoas ficaram sem Planos de saúde. Na época, a cada mês, em média, 83 mil pessoas perdiam o convênio médico. Agora na pandemia esse número cresceu para 142 mil por mês.

Nesse cenário, as Operadoras de planos de saúde estão abrindo mão do reajuste e até concedendo descontos, para não perder clientes mesmo com uma inflação médica que bateu em 13,86% em 2019.

Esse percentual está 3,5 pontos percentuais acima do registrado em 2018 e 2017, segundo levantamento realizado pela consultoria Arquitetos da Saúde que analisou as despesas médicas e hospitalares dos 47 milhões de usuários de Planos de saúde no país. É a primeira vez que um estudo desse tipo considera toda a base de pessoas com convênio.

Fonte: https://valorinveste.globo.com/  por Beth Koike, Valor PRO – SP 03.08.2020