Perspectiva para Vacina é boa, mas janeiro ‘está muito longe’

Ressaltou o diretor do Instituto Butantan, Dimas Covas, que se disse otimista com a candidata à vacina do novo Coronavírus desenvolvida pelo Instituto Butantan em parceria com a chinesa Sinovac.

Covas acredita que a imunização estará disponível já no início do ano que vem, mas alerta para a necessidade de a população continuar respeitando medidas de prevenção enquanto esse momento não chega. “Se os resultados [dos testes em voluntários] aparecerem ainda neste ano, é muito provável — sou muito otimista — que nós tenhamos essa vacina já em janeiro ou fevereiro do próximo ano”, disse o hematologista em entrevista à CNN Brasil. “É uma perspectiva muito boa, mas temos que lembrar que janeiro ainda está muito longe”.

Covas lembrou que a CoronaVac, como é chamada, já demonstrou efetividade em torno de 90% em estudos anteriores, o que é um bom indício. Os nove mil voluntários que participam da fase atual estão sendo acompanhados diariamente e os resultados dessas análises são esperados para outubro. “A partir daí, trata-se de registrar e usar a vacina. Ela estará disponível aqui no Butantan para produção em larga escala a partir de outubro. Nós temos uma previsão inicial de 60 milhões de doses e, se for comprovada essa eficácia, essas doses poderão ser aplicadas a partir de janeiro do próximo ano”, acrescentou.

O diretor do Instituto Butantan ainda disse não temer problemas de logística ou de falta de insumos — como seringas, por exemplo —, o que poderia prejudicar a distribuição da vacina no Brasil. Ele admite que o risco existe, mas confia na experiência do Brasil e do próprio Butantan, para o qual a produção de vacinas “não é um processo novo”.

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