‘Cadeia de saúde em risco’, diz FenaSaúde

As principais Operadoras do país, representadas pela Federação Nacional de
Saúde Suplementar, decidiram não aderir ao termo de compromisso imposto
pela ANS.
Em comunicado, a FenaSaúde afirmou que o aumento de gastos assistenciais
por causa da pandemia cria um desafio para adequar-se à sua receita, e o
aumento da inadimplência só agravaria a situação. "Atualmente, 85% do que é
recebido pelas Operadoras na forma de mensalidades se destina ao
pagamento de prestadores como hospitais, laboratórios, médicos e
enfermeiros. Um aumento da inadimplência poderia ter como consequência
imediata o enfraquecimento do sistema no momento em que o setor mais
precisa ter vigor", disse Vera Velente, diretora executiva da FenaSaúde.
Segundo ela, a Associação fez o pedido de liberação de verbas da ANS
exatamente para "manter o sistema de saúde funcionando bem em caso de
agravamento da crise", e a adoção da cláusula colocaria "toda a cadeia de
saúde" em risco.
Em contrapartida, disse a FenaSaúde, a Associação suspendeu o aumento
de todas as mensalidades até o final de julho. Em resposta, a ANS afirmou que
"a composição de um acordo que só gere vantagens às Operadoras não
encontra amparo legal".

Fonte: https://economia.uol.com.br/noticias por Lucas Borges Teixeira /
Colaboração para o UOL, em São Paulo / 09.05.2020