Covid: mortes entre idosos voltam a crescer

Levantamentos feitos em dois dos maiores hospitais de referência para o tratamento da doença no Brasil mostram que, com o avanço da ômicron, houve mudança no perfil de vítimas entre o início e o fim de fevereiro deste.

No início, 70% a 90% das fatalidades eram em pessoas não vacinadas ou com o esquema de vacinação incompleto. No fim de fevereiro, porém, esse porcentual caiu para aproximadamente 50%; na outra metade, a maioria são idosos que tomaram a terceira dose em novembro.

No final de janeiro de 2021, o surgimento da nova variante, mais transmissível, marcou a terceira onda. Com as vacinas desenvolvidas antes das novas mutações, “houve redução significativa da proteção para os casos mais leves, ainda que ela tenha se mantido acima dos 80% para casos graves e mortes”, segundo a infectologista Ethel Maciel, da Universidade Federal do Espírito Santo (UFES).

Porém, devido ao fenômeno conhecido como imunosenescência, os maiores de 70 anos são menos protegidos pelos imunizantes do que a população em geral. A média da idade de internação pré ômicron no país era de 57,4 anos, passando a 62,5, com mais de 70% dos casos de internação acima dos 60 anos, indicando que uma quarta dose de imunizante pode ser fundamental para proteger essa faixa etária.
Fonte: https://outraspalavras.net/  PÍLULAS DIÁRIAS / por Redação / Publicado 03/03/2022