Hospitais particulares do Rio têm 97% dos leitos de UTI para Covid ocupados

Afirma o ortopedista Jorge Petros diretor do Hospital Tijutrauma e presidente da ACCOERJ. Mas o médico garante que a unidade está preparada para receber todos os pacientes.
Baseado nos dados da Associação de Hospitais do Estado do RiodeJaneiro, que representa 300 hospitais e clínicas de saúde particulares, e como diretor-médico do Hospital Tijutrauma, no bairro Tijuca, garanto que com o aumento no número de casos e mortes por Covid no Rio, hospitais particulares já estão com 97% dos leitos de UTI destinados a pacientes com Coronavírus ocupados na capital.

Para termos uma ideia do panorama atual aqui, no Estado, a ocupação da rede privada é de 75% e segundo o presidente da AHERJGraccho Alvim“as unidades já trabalham para abrir mais leitos”.

Levantamento recente realizado pelo Tijutrauma o Hospital tem internado bastante gente nas últimas semanas, com ‘Covid-free’. Isso significa que a unidade está preparada para receber todos os pacientes, que não estejam infectados pelo novo Coronavírus, de forma segura e sem oferecer riscos de exposição ao vírus.

Por este motivo fechamos acordo com alguns Planos de saúde para encaminhar ao Tijutrauma pedidos de cirurgias de urgências ortopédicas. Mesmo assim, estamos reduzindo as cirurgias eletivas e intensificando a triagem dos pacientes.

Defino a situação como muito preocupante e se não me falha a memória, em maio, um dos meses de pico da doença, os hospitais particulares também chegaram a ficar quase 90% ocupados.

Na ocasião, as cirurgias eletivas já estavam suspensas e todos os leitos eram destinados para tratamento da Covid-19 ou para urgência e emergência.

Hoje, no Tijutrauma, apesar das manobras para ampliar o atendimento, os leitos estão divididos com pacientes de cirurgias eletivas que necessitam de outros tipos de tratamentos. Lamentavelmente, o aumento da demanda também é percebido nos hospitais públicos.

Apesar do excesso de internações, avalio que  equipes médicas, devido experiências recentes, estejam mais bem preparadas para lidar com a doença. Percebo, também, que o percentual de óbitos em pacientes internados está menor, mas, continuo excessivamente apreensivo.

Não sou especialista no assunto, porém acho desnecessário no momento um lockdown no Rio. O que não podemos jamais é abrir mão dos cuidados primordiais à nossa saúde. É assombroso ver esse monte de festas e bailes indiscriminados por aí…

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