Um grupo de pesquisadores coordenado por Fernanda Lopes, professora do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da USP, acaba de finalizar um trabalho que comprova danos do tabagismo à estrutura óssea.
Basicamente, o ato de fumar leva a uma redução de osteoblastos, grupo celular produtor de colágeno tipo 1, que gera o fortalecimento dos ossos do corpo. Ao mesmo tempo, acelera-se a produção de osteoclastos, responsáveis por uma espécie de renovação natural dos tecidos ósseos.
O processo acaba por gerar uma porosidade nos ossos do corpo, o que leva à sua fragilização e maior possibilidade de lesões e fraturas. Os pesquisadores ainda verificaram que o mesmo fenômeno ocorre com as articulações do corpo.
“O tabagismo, portanto, altera o metabolismo das células. As células que ‘comem’ osso (osteoclastos) vão comer muito mais osso, enquanto as que produzem o colágeno tipo 1 (osteoblastos) ficam menos ativas”, resumiu Fernanda Lopes, professora do Departamento de Patologia da Faculdade de Medicina da USP, em entrevista ao Estadão.