A pandemia afetou toda a economia, principalmente aos prestadores de serviços, mas as Clínicas Ortopédicas tiveram um prejuízo muito maior acredita o ortopedista Ricardo Bastos associado da ACCOERJ.
Os médicos estão tendo um duplo desgaste, primeiro, pela exposição e risco de contágio por Coronavírus e, depois, pela redução de ganhos em função dos impactos da pandemia e da crise na economia. As contas simplesmente não fecham…
Devido ao isolamento social as Clínicas, em geral, tiveram uma substancial diminuição da procura, mas acredito que as Ortopédicas tiveram um prejuízo muito maior, principalmente, por causa do Setor de Fisioterapia, onde o paciente necessita de tratamento seriado / contínuo.
Esse paciente, sobre tudo a população mais idosa, se absteve de usufruir os tratamentos oferecidos pela Fisioterapia, em detrimento de sua melhora no quesito dor, mobilidade e recuperação no pós-operatório.
Tivemos nossas Fisioterapias esvaziadas a ponto de termos que realizar a diminuição do quadro de funcionários, entre fisioterapeutas e recepcionistas.
O que esperamos dos Planos de Saúde?
Diante desse quadro caótico, nós, ortopedistas, esperamos dos Planos de Saúde mais tolerância e entendimento, evitando glosas (faturamentos não recebidos ou recusados) e dispensando certas burocracias infundadas.
Costumo dizer que as Clínicas Ortopédicas são resolução a baixo custo porque não temos tomógrafo, ressonância, leitos e internações.
Portanto, é necessário que os Planos de saúde entendam isso e se mostrem nossos parceiros nesta fase tão difícil. Necessitamos dessa compreensão para que continuemos a prestar serviços fundamentais aos pacientes que procuram nossos serviços.
Se todos tiverem em mente os interesses coletivos, a organização fica mais fácil e podem surgir soluções que atendam às demandas de uma maneira mais integral.
Isso é fundamental para a preservação da qualidade e para que as Clínicas Ortopédicas sigam funcionando de maneira saudável, essencialmente em termos financeiros.