O assessor jurídico da ACCOERJ, Lymark Kamaroff, alerta que eles podem causar prejuízos profissionais, éticos e legais.
O uso das redes sociais por profissionais da saúde cresce a cada dia. Médicos encontram nesses canais a oportunidade de compartilhar conhecimento, divulgar seus serviços e se aproximar do público.
Veja os quatro principais:
1.Divulgação de casos sem consentimento
Um dos deslizes mais frequentes é a exposição de informações de pacientes ou a publicação de fotos de antes e depois sem autorização formal.
Isso fere o sigilo médico e pode resultar em processos judiciais, além de infrações ao Código de Ética Médica e à Lei Geral de Proteção de Dados (LGPD).
2.Promoção excessiva de procedimentos e resultados
Prometer resultados milagrosos ou fazer propagandas enganosas é vedado pelo Conselho Federal de Medicina (CFM).
O sensacionalismo e a autopromoção exagerada podem levar a punições disciplinares e prejudicar a reputação do profissional.
3.Uso indevido de Títulos e Especialidades
Outro erro comum é autodenominar-se especialista em áreas para as quais não há registro no Conselho Regional de Medicina.
Isso configura infração ética grave e pode resultar em sanções, além de confundir e enganar o público.
4.Falta de separação entre conteúdo profissional e pessoal
Misturar postagens pessoais com informações médicas pode passar uma imagem pouco profissional.
Manter perfis separados ajuda a organizar melhor o conteúdo e evita conflitos de interesse ou interpretações equivocadas por parte dos seguidores.
Resumo
O uso consciente das redes sociais é fundamental para a imagem, ética e segurança do médico.
Respeitar sigilo, evitar promessas infundadas, utilizar corretamente títulos e separar a vida pessoal da profissional são práticas que ajudam a evitar problemas e fortalecer a confiança do público.
Até a próxima edição. Abraço.
LymarkKamaroff – Advogado e Assessor jurídico da ACCOERJ