TERCEIRA IDADE: O ortopedista contribui para um envelhecimento saudável?

Quem responde é o ortopedista traumatologista Jorge Petros presidente da ACCOERJ e diretor médico do Hospital Tijutrauma.

Todos nós sabemos que o tempo é implacável e com o passar dos anos todas as partes do organismo humano sofrem alterações significativas. Na maioria das vezes, dispensamos maiores cuidados com o cérebro e o coração e deixamos de lado outras áreas como Músculos, Ossos e Cartilagens que também são relevantes para sustentação do nosso corpo e por maior qualidade de vida.

As quedas e fraturas ósseas, sendo as mais comuns do punho, coluna e quadril representam um dos principais problemas clínicos entre os pacientes idosos. Por sua alta ocorrência, morbimortalidade e elevados custos assistenciais são consideradas importante problema de saúde pública. Cabe a nós, ortopedistas, papel ativo na orientação e prevenção de novos eventos e suas consequências.

Para melhor atender o idoso com grande variedade de demanda de saúde o ideal é que ele tenha acompanhamento por uma equipe multidisciplinar que conta com o geriatra, médico clínico, fisioterapeuta, terapeuta ocupacional, enfermeiro, cuidador, entre outros profissionais especializados. O ortopedista tem função importante neste atendimento, sendo o médico que vai auxiliar na prevenção das perdas muscularese ósseas, nas lesões das cartilagens, no tratamento das artroses e fraturas e com cuidados específicos para esta fase da vida. O nosso objetivo é minimizar a fragilidade do idoso, propiciando a ele uma longevidade sadia.

Vale lembrar que o melhor tratamento para evitar as alterações do envelhecimento citadas acima é a prevenção. Aconselho, já na fase jovem, adquirir hábitos de uma vida saudável, entre eles boa alimentação, não fumar, não consumir álcool em excesso e realizar atividades físicas, são as melhores ações para possibilitar um envelhecimento sadio.

 

INTO

Segundo o Instituto Nacional de Traumatologia e Ortopedia “estima-se que há uma queda para um em cada três indivíduos, com mais de 65 anos, e que um em vinte daqueles que sofreram uma queda sofram uma fratura ou necessitem de internação. Dentre os mais idosos, com 80 anos ou mais, 40% cai a cada ano. Dos que moram em asilos e casas de repouso, a frequência de quedas é de 50%. A prevenção de quedas é tarefa difícil devido à variedade de fatores que as predispõem”.