Destaca a médica Cecília Richard. A ortopedista traumatologista indica algumas orientações que podem ser seguidas para se evitar o desenvolvimento deste quadro doloroso. Leia mais…
A instituição do Home Office popularizou-se de forma tão inesperada, que não permitiu aos profissionais, principalmente as mulheres, o tempo necessário para se adequar às funções básicas e essenciais ao “novo” ambiente de trabalho, ou seja, sua residência.
A mulher neste período de pandemia ao levar para casa dupla jornada híbrida de trabalho, viu seu “modus-operandi ” ser associado a muitas horas ininterruptas de labuta, afetando sua rotina normal do dia a dia.
Com essa nova adaptação, o corpo todo pode sofrer as consequências, porém, a parte mais afetada geralmente é a coluna vertebral. A postura inadequada da região lombar, dorsal, ombros, cabeça mal posicionada, cotovelos sem apoio e retificados por períodos prolongados, certamente as dores na coluna se desenolvem e podem se intensificar, ocasionando dores e contraturas musculares.
Sem contar toda a ergonomia que compartilhava no seu antigo âmbito de trabalho no que tange a mesas, cadeiras, monitores, iluminação não mais existe.
Para complicar ainda mais associado a esta mudança veio o sedentarismo, ganho de peso e ansiedade que se manifestam cada vez mais e ocasionam comprometimento da saúde física e emocional.
Algumas orientações que podem evitar o desenvolvimento das dores na coluna
Exercícios físicos regulares que fortaleçam a musculatura posterior da coluna e da região abdominal,
Alongamentos e exercícios de respiração para melhorar a postura;
Uso de celulares e laptops ininterruptamente em ambientes não adequados como no sofá ou em cadeiras inapropriadas;
Altura da tela do computador deve estar ao nível da linha dos olhos, normalmente a partir de 75 cm do chão;
A cadeira pode ter uma variação entre 47 e 57 cm de altura com uso de suporte para apoio lombar lordótico;
Os pés devem estar preferencialmente apoiados no chão;
O manuseio do teclado e do mouse deve ser feito com os cotovelos fletidos;
Interrupções das atividades a cada 30 ou 60 min, seguido por 10 min de alongamentos dos membros superiores, inferiores e da coluna;
Caso a dor, que pode estar relacionada também a fatores biopsicosociais, (principalmente neste período de pandemia ) se manifeste ou se intensifique a recomendação é procurar um profissional especializado. Este, com certeza, irá orientar, avaliar seu quadro álgico e fazer o correto diagnostico.
A médica Cecília Richard (CRM: 52.45356-0) ortopedista e traumatologista especialista em cirurgia da coluna vertebral, joelho e osteoporose é presidente do Comitê de Doenças Osteometabólicas da SBOT – ABACOM e trabalha na Orto Center Clínica do Aparelho Locomotor, em Jacarepaguá, zona oeste do Rio.