Variante não é principal causa do pico nas UTIs, dizem médicos

Falta de sequenciamento de amostras dos infectados e de testagens são barreiras para entender o peso das novas mutações do vírus.

Especialistas afirmam que a falta de testagem e de sequenciamento genético de amostras dos infectados no Brasil são barreiras para entender o peso das novas mutações do Sars-CoV-2 na alta de internações de pacientes com a Covid-19, mas acreditam que a influência dessas variantes ainda está no início. Em São Paulo, o total de pacientes na UTI é recorde na pandemia.

Também preocupam as aglomerações vistas nas últimas semanas, como nas festas de Ano-Novo e no feriado do Carnaval.

O infectologista Max Igor Lopes, do Centro de Infectologia do Hospital Sírio Libanês, acredita que os efeitos das variantes podem estar no começo. “Ainda não tínhamos essas variantes quando a segunda onda começou (fim de 2020). Começamos a ter a contribuição das variantes agora e em localidades específicas”,diz.

“O que acontece é que temos um grande número de casos e, agora, essas variantes começam a ocupar porcentual maior deles.” Pelo menos dez Estados já registraram a cepa amazônica do vírus, cujos estudos iniciais já apontaram maior potencial de transmissão.

Fonte: https://istoe.com.br/ com ESTADÃO CONTEÚDO / 23.02.2021