Como o avanço da pandemia da Covid -19 afetou a vida dos médicos ortopedistas associados da ACCOERJ

Ouça e confira depoimentos de alguns destes profissionais que sobreviveram à Covid-19 e como eles estão vivendo durante a pandemia. Leia mais…

Em conversa com ortopedistas-traumatologistas associados da ACCOERJ nossa reportagem ouviu alguns deles que relataram à angústia de terem se contaminado com a Covid -19, como estão sobrevivendo após o contágio desta terrível doença e como a experiência mudou suas vidas. Os imunes à Covid-19 também contam como estão driblando o vírus. Confira os depoimentos:

Frederico Genuíno – 73 anos – Orthos Clínica do Aparelho Locomotor

 

Ricardo Bastos, 71 anos – Clínica Cortil
 

Acho que mais importante em falar sobre a doença é deslumbrar suas consequências emocionais e de como você se posiciona, em  relação a sua vida, após essa verdadeira tragédia. Quando menciono o “pós-covid” não me refiro ao trabalho de recuperação física e emocional, mas, sim, o que aprendi e o que mudou na minha vida. Acredito que todos que passaram por essa terrível experiência hoje têm um olhar diferente para a vida, afinal somos sobreviventes…
 
Hoje sou uma pessoa extremamente grata por estar vivo, por ter uma família que me ama e me apoia, por ter amigos sinceros e presentes e a todos que torceram e oraram pela minha recuperação. Tenho a absoluta convicção, que, devemos ser sempre solidários e presentes a todos que nos rodeiam. A vida continua e melhor… Afinal, sou um sobrevivente. 
 

Renato Graça – 70 anos – Professor da UERJ e ex-presidente da SBOT

Moacyr Pinheiro Júnior, 66 anos – Centro Ortopédico Botafogo

 

Celso Antunes Rodrigues, 82 anos – Policlínica de Botafogo

Zuenir Ventura escreveu “1968 foi o ano que não terminou”… Eu afirmo,
que, 2020, já é considerado o ano que não existiu. Todos  os
votos, desejos e sonhos formulados na passagem do ano foram tragados por
uma tempestade com o nome pomposo de
Virose 19.
 
Deixei-me levar no inicio pelas palavras de um irresponsável de que se tratava apenas de uma gripe banal. Até o fechamento desta matéria, os mortos já ultrapassam 160 mil e os contaminados se aproximam de mais de 5 milhões. Interesses políticos, corrupção e o desinteresse pela saúde dos brasileiros nos colocam ainda distantes de qualquer tratamento com bases cientificas ou mesmo de uma Vacina que possa nos acender uma luz no final do túnel.
 
O que seria um isolamento, para durar alguns dias ou poucas semanas, já vai pra mais de sete meses, e as previsões mais otimistas nos projetam, para o final do primeiro semestre de 2021.
Como todas as pessoas de bom senso estou praticamente confinado no meu
apartamento, só saindo para o absolutamente indispensável. Li alguns livros, outros à espera… Sigo rigorosamente os cuidados exigidos pelas autoridades sanitárias como lavagem das mãos com água e sabão, uso de máscaras e do álcool em gel ou líquido 70%.