“Ainda vale atender por Telemedicina?”

O advogado e assessor jurídico da ACCOERJ, Lymark Kamaroff, esclarece aos profissionais de saúde quais os cuidados que precisam ter diante da flexibilização social em estágio mais avançado.

Flexibilização social em estágio mais avançado

Diante deste panorama, o paciente manifesta desejo em ir ao consultório, pois nada substitui o contato humano na relação médico-paciente. Assim sendo, vale a pergunta: A Telemedicina continua sendo útil?

O método, a princípio, foi adotado de forma que o médico conseguisse atender o maior número de pacientes possível, sem gerar aglomeração, mas, diante da flexibilização social, pode ser oferecida ao paciente a opção de como deseja continuar seu tratamento, quer seja, na modalidade online ou presencial.

Vale lembrar que a segurança é um valor indisponível, porém subjetivo, não cabendo ao médico ortopedista esta decisão. Neste contexto, entendo que as consultas revisionais, que demandam tempo do profissional, apenas para ver “como está” o paciente, poderiam ser realizadas com auxílio das tecnologias disponíveis: Teleconsultas e/ou Teleorientações.

A ideia inicial da Telemedicina – como primeira etapa de enfrentamento e flexibilização social – seria para atender e tratar aos pacientes grupos de risco. Eles buscavam uma forma de retorno aos tratamentos médicos interrompidos, tornando a experiência de volta ao consultório, como a mais segura possível.

Mesmo que a motivação principal tenha sido a de dar continuidade ao atendimento em saúde, as vantagens constatadas não se limitam a esse cenário, se estendendo, a meu ver, para muito, além disso…

Resolução 305/2020 do Conselho Regional de Medicina do Estado do Rio de Janeiro

A Resolução determina que a Teleconsulta poderá ser utilizada apenas para pacientes que não sejam “de primeira vez”. Assim sendo, durante a fase inicial da pandemia muitos atendimentos foram realizados como “orientação”, justamente para possibilitar o paciente a conversar com o seu médico ortopedista na segurança de sua casa.

A pandemia não acabou.

A gravidade da doença permanece desde quando iniciou, em meados de abril, a diferença é apenas o fato de que parte da população se encontra imunizada em função de já ter contraído e combatido a doença.

Apesar disso, estudos científicos recentes apontam que esta “imunização” não é garantia de não reinfecção.

ALERTA: Sigam os Protocolos de Isolamento e de Segurança até a efetiva chegada de uma Vacina realmente eficaz.